Trancafiados
dentro do Escondidinho, Bernardo e Cristiana começam a se desesperar.
Mas alguns detalhes estão para deixar o casal bem mais à vontade do que
se imagina. Bernardo anda até um dos cantos do lugar e toma um susto:
“Caraca! Quanta comida!”. Na sua frente, uma grande toalha de mesa está
estendida no chão. Vários tipos diferentes de guloseimas apetitosas
jazem sobre o pano que forra o assoalho. Tudo com muito bom gosto
“À luz de velas é mais romântico... Divirtam-se!”, diz mais um
bilhete, cuidadosamente posicionado ao lado dos quitutes. Cristiana fica
cabreira: “Ai! O que essa pessoa tá querendo, hein?!”. Bernardo manda
na lata: “Você ainda não entendeu?! Ela quer que a gente fique junto!
Vou acender as velas...”. Cris fica revoltada: “Não acende porcaria de
vela nenhuma!”.
O
rapaz obedece e pega um acepipe para provar. É um delicioso morango,
que faz com que Cristiana quase babe de tanto desejo pela iguaria. “Hum,
tá bom demais! Não quer um?”, solta Bê, provocante. “Vou esperar uns
cinco minutos. Se você não morrer nem se transformar num tarado eu
como!”, ironiza Cristiana. Os dois riem da situação.
Cris e Bê ficam
um tempinho tentando conversar sobre quem será o tal fotógrafo
misterioso que está querendo juntar os dois. De repente, a fraca luz que
adentrava as arestas do local se apaga, deixando tudo em um breu quase
absoluto. “O que foi isso?!”, se assusta a gatinha. Bernardo tenta
acalmá-la: “Devem ter desligado o quadro de luz. Agora a gente vai ter
que acender as velas... Posso?”. Ela concorda e ele o faz.
Clima romântico
“Pior
que ficou um clima romântico mesmo...”, comenta Bernardo, na penumbra.
Cris pede para que ele pare de mandar indiretas. Bê come mais um
suculento morango, até que Cristiana, morta de fome, se manifesta:
“troço tá bom?”. “Bom demais. Come um”, diz ele.
Bernardo põe o
morango na boca de Cristiana, que come. A cena lembra Cleópatra comendo
as uvas, servida por um de seu lacaios. Cris se derrete toda: “Hum! Bom
demais!”. “Não falei?”, instiga Bê. Eles sentam e vão comendo com
voracidade.
Bernardo
acha a brecha ideal para o que ele estava querendo falar há muito
tempo: “Se eu te agarrar em alguma hora é porque tinha alguma substância
excitante na comida mesmo...”. Já quase cedendo ao momento, Cristiana
ainda tenta desconversar: “Para de palhaçada... Hum, esse aqui tá uma
delícia. Experimenta!”, diz, enquanto vai comendo um morango atrás do
outro.
A primeira noite de amor entre Bernardo e Cristiana está para acontecer a qualquer instante...
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